Faltando menos de 60 dias para a eleição, Bayeux assiste à enxurrada de candidatos que buscam desesperadamente o o voto dos seus quase 70 mil eleitores. O município é o quarto maior contingente eleitoral do Estado, ficando atrás apenas de João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita.
Nessa briga, quem entrou pesado foi a dupla de candidatos a deputado Federal HUGO MOTTA e ANDRÉ AMARAL FILHO, que buscam a reeleição. O primeiro, assumiu a titularidade na Câmara Federal pelo PMDB, com a saída do deputado Manoel Junior que foi eleito vice-prefeito de João Pessoa. André Amaral era o primeiro suplente e havia obtido pouco mais de 6 mil votos na eleição de 2014.
Hugo Motta também foi eleito pelo PMDB, mas pulou para o PRB. É filho do deputado estadual Nabor Wanderley e neto da ex-prefeita de Patos Chica Motta.
Os dois vão travar uma batalha pelos votos de dois dos maiores redutos eleitorais do Estado. Natural de Patos, onde sempre foi majoritário, Hugo Motta viu seus domínios invadidos por Amaral, que carreou cerca de R$ 18 milhões para obras comandadas pelo prefeito Dinaldinho , adversário da família do deputado.
Em compensação, atendendo convites de lideranças de Bayeux que se consideram abandonadas por Amaral, o deputado patoense está instalando um quartel general na Terra dos Caranguejos e já anunciou o apoio do ex-prefeito Expedito Pereira.
Ou seja, dois deputados federais estão em briga para arrancar votos em Bayeux. Enquanto isso, a população quer saber: o que o município tem a ganhar com isso?
Outra indagação muito comum é: por que o deputado André Amaral Filho, que já havido sido votado em Bayeux, não investiu no eleitorado que já conhecia bem, carreando aqueles R$ 18 milhões para ao cidade e não para Patos, ou pelo menos dividindo esses recursos entre as duas cidades?
A briga promete ser boa. E não é por falta de padrinho poderoso que os dois deixarão de realizar um grande embate. Hugo Motta é amigo pessoal do ex-presidente todo-poderoso da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, hoje preso em Curitiba. E André Amaral Filho sempre ostentou o galardão de defensor número 1 do presidente Temer, que quase o nomeou Ministro da Cultura de seu Governo.
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