O radialista Nilvan Ferreira que já conquistou o primeiro lugar na eleição para governador em Santa Rita, agora ameaça a hegemonia do esquema dos Pantas. |
Todo político tradicional, tarimbado na luta eleitoral, tem consciência da dificuldade de transferir votos. Uma coisa é pedir e lutar por votos para si próprio, empenhando seu nome, sua palavra e suas promessas. Outra coisa bem diferente é apresentar o nome de outra pessoa, pedindo votos para ela e endossando seu nome.
De um modo geral, essa transferência varia muito. Pode chegar a um patamar elevado, que resulte na eleição do nome indicado. Isso ocorre quando o titular, o pedinte, o avalista, tem uma aprovação fora do comum e consegue a confiança irrestrita do eleitor.
Na maioria dos casos, ou das eleições, essa transferência se situa numa média de 30 a 40 por cento.
Em Santa Rita, o prefeito Emerson Panta conseguiu o apoio da maioria do eleitorado em dois pleitos seguidos. Está no final do segundo mandato. Apesar do radicalismo da oposição em achar que não fez nada de positivo, o prefeito ainda conseguiu eleger a mulher deputada estadual e detém, ainda, percentual significativo de apoio.
Entretanto, trata-se, na eleição de outubro próximo, de transferir muitíssimos votos para um nome ainda desconhecido do eleitorado e que não possui os mesmos predicados do atual chefe do executivo. Seja Flávio Panta ou Luciano Alvino, primos do prefeito, ou um de seus secretários, o prefeito terá muita dificuldade em realizar a transferência dos seus votos para tal nome.
A coisa toda se complicou mais ainda com a desistência do radialista Nilvan Ferreira de disputar as eleições em João Pessoa e iniciar articulações visando um candidatura em Santa Rita.
Não é brincadeira. Nilvan conquistou o primeiro lugar na eleição para governador em 2022 na disputa do primeiro turno, obtendo 32,74% (22.090 votos).
Por isso tudo, o quadro é de inquietação e insegurança no arraial do prefeito Panta.
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