David Santana se elegeu vereador com a estrutura do PIP: milhares de cestas básicas e litros de leite, além de recursos polpudos fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Humano |
Apesar da Lei de Acesso á Informação, Lei da Transparência e outros instrumentos legais que determinam total divulgação de atos e despesas de quem se utiliza de verbas públicas, ainda há aqueles dirigentes de entidades que sabem receber milhões do dinheiro público, mas se recusam a prestar contas de seus atos e atividades à população.
Em Santa Rita, o Projeto de Inclusão Popular apareceu em 2022, a partir da iniciativa de um jovem ativista social, David Santana. O objetivo seria prestar assistência social a famílias em situação de vulnerabilidade social, nome bonito para aqueles que vivem na pobreza.
Com distribuição massiva de cestas básicas, leite e outras benesses provenientes do Governo do Estado, o jovem David logo atingiu seu verdadeiro objetivo: elegeu-se vereador.
A partir daí, o PIP estendeu sua atuação a outros municípios, recebendo tratamento vip da Secretaria de Desenvolvimento Humano do Governo do Estado.
Além de milhares de cestas básicas e litros de leite, serviços de cidadania, a entidade teve acesso a recursos de R$ 1 milhão e 600 mil.
Recebemos várias denúncias acerca da utilização desses recursos, da vinculação das ações do PIP a campanhas eleitorais de duas candidatas a deputadas, além de outros questionamentos.
Visitamos a entidade. Falamos com alguém que se apresentou como presidente, mas que se recusou a responder a qualquer pergunta, alegando precisar da assessoria jurídica. Aguardamos a entrevista prometida. Não obtivemos resposta.
Em contato através do whatsapp, o suposto presidente Vinicius concordou que enviássemos um questionário. Assim procedemos, mas após 10 dias nenhuma resposta foi enviada.
Dessa forma, fica evidente que o PIP (Projeto de Inclusão Popular) não tem nenhum interesse em esclarecer sua atuação, de que forma e em que aplicou os recursos obtidos do Governo do Estado e outros questionamentos sobre possível atrelamento de suas atividades a campanhas eleitorais já em curso.
Diante dessa recusa, não temos alternativa senão publicar o extenso material que colhemos em nossa investigação. E isso será feito nos próximos dias, com divulgação ampla em todos os meios de comunicação.
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