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Em depoimento à Justiça, marqueteiro político confessa práticas irregulares na campanha de 2020 na Grande João Pessoa




O jornalista e marqueteiro político Alan Kardec Borges de Souza confessou, durante depoimento prestado recentemente perante à Justiça Eleitoral, ter praticado uma série de irregularidades durante a campanha eleitoral de 2020. O testemunho aconteceu em audiência do processo movido pelo candidato derrotado à prefeitura de Lucena, Alex Mendonça Camelo. Todas as declarações na audiência foram gravadas.

Alan Kardec, como é mais conhecido, afirmou categoricamente que atuou de forma voluntária como suposto marqueteiro da campanha do então candidato a prefeito de Lucena, Léo Bandeira, e que para isso teria efetuado um gasto de aproximadamente R$ 35 mil para viabilizar a contratação de serviços junto a pessoa físicas e empresas terceirizadas.

As declarações do publicitário em juízo acabaram revelando uma conduta ilícita, que é de atuar em campanhas políticas sem qualquer espécie de contrato, e sem autorização para promover as ditas contratações. Segundo o próprio Alan, tudo isso aconteceu porque ele teria livre arbítrio para contratar quem bem entendesse.

Durante depoimento, afirmou ainda que não tinha recibo ou contratos vinculando os serviços realizadas para a campanha de Léo Bandeira, apenas comprovantes de pagamentos. À Justiça, Alan Kardec chegou a dizer que também não assinou qualquer contrato de doação dos seus serviços para a campanha da qual dizia ser o marqueteiro.

O curioso é que além das ilações, o marqueteiro afirmou, em uma das respostas dirigidas ao judiciário, que o prefeito Léo Bandeira deveria ser cassado. A postura na audiência reforçou a linha adotada por ele em seu blog ‘Politika’, onde já publicou diversas matérias defendendo a cassação do gestor lucenense.

Como se sabe, a legislação eleitoral é clara quanto à obrigatoriedade da apresentação de notas fiscais e comprovantes de pagamento nas prestações de contas dos candidatos, e que tais pagamentos deveriam ser contabilizados pelo candidato no momento da prestação de contas. Mas segundo o marqueteiro, somente após o término da campanha teve conhecimento que seus serviços não foram declarados a Justiça Eleitoral, apesar dele próprio ter confessado não ter assinado nenhum contrato de doação de seus serviços.

Controvérsias à parte, resta agora ao marqueteiro, comprovar suas alegações, e possivelmente responder por elas na justiça, afinal, ele tem que comprovar qual foi a origem do dinheiro gasto na campanha eleitoral do município de Lucena, e se declarou esse gasto na sua última declaração do Imposto de Renda.

Diante deste depoimento à Justiça, Alan Kardec pode responder judicialmente por supostas condutas ilícitas, e, para se livrar delas poderá delatar muitos políticos e partidos que já contrataram seus serviços profissionais, transformando-o assim, num verdadeiro “homem-bomba”. 

Escândalos envolvendo marqueteiros de campanhas eleitorais já se tornaram rotina no Brasil, tendo alguns deles sido presos e processados, a exemplo do famoso e já falecido publicitário Duda Mendonça, e o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, presos na Operação Lava Jato. Todos eles marqueteiros do PT.

Será que veremos esta reprise em solo paraibano???

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