Era natural de Gurinhém, residindo por várias décadas em Santa Rita (Grande João Pessoa) e era muito conhecida dos pessoenses entre os anos 1960 e 1980. Portando um apito, calçando galochas, vestindo cores fortes e a bandeira nacional como manto, costumava montar sua égua e sair apitando pelo centro da cidade.
Ao ouvir as pessoas gritarem – Vassoooura! – respondia-lhes de pronto:
- É A MÃÃÃE SEU FELA DA PUTA!!!.
Essa situação ecoava em grande parte do seu trajeto e, se identificado, o insultante poderia ser perseguido por uns bons galopes.
Ninguém esquece a velha senhora, sem saltar do cavalo, adentrando o Palácio do Governo para cumprimentar o governador…
Não raro, dependendo da magnanimidade momentânea, ela autorizava a si o controle do tráfego em determinada esquina e – pasmem!… – os motoristas contribuíam obedecendo aos comandos de parar/prosseguir até que ela se retirasse.
Era uma situação hilariante para motoristas e pedestres, com a ressalva de nunca ter havido acidentes ou prejuízos.
A melhor história é contada por José de Arimatéa Santana em seu livro “Santa Rita e seus vultos folclóricos”: Isabel estava tão condicionada às provocações das pessoas que, certo dia, entrou num ônibus e sentou-se no banco traseiro. Passados alguns minutos, impacientou-se por não ter sido notada… sacou o apito e iniciou uma zorra que durou até o final da viagem. Vassoura faleceu em 2000 no Lar da Providência.
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